quarta-feira, 12 de junho de 2013

UNESCO. 20 ideias para girar o mundo



A ideia da sustentabilidade como valor humano foi o que mais me chamou a atenção neste vídeo. O sustentar o mundo pelo diálogo e pela busca de relações humanas não excludentes, pareceu ser o cerne da reflexão. Esta ideia é importante para nos movermos rumo a uma sociedade que consegue construir sem destruir e que coloca a vida e o respeito a ela diante de qualquer outro interesse. Percebo que o espaço escolar também pode se colocar desta forma, vivenciando a sustentabilidade para além dos projetos de ciência, do cuidado com a água e com a separação do lixo (os quais são importantes). É possível, a nós educadores, contribuirmos com relações sustentáveis, calcadas no respeito ao outro, à sua cultura, aos seus costumes e ao seu modo de viver os quais precisam ir além de discursos teóricos. Enquanto professores, no papel de adulto, possibilitamos aos estudantes ingressarem no laço social através da escola, e isto é sabido, mas a pergunta que me faço hoje é: quais tipos de relações ofereço neste espaço?

domingo, 26 de maio de 2013

Contribuição das ideias de Bauman à formação docente



A escrita deste texto faz parte de uma atividade proposta pela Prof° Marie Jane, da disciplina Ensino e Identidade Docente, ministrada na UFRGS na FACED em 2013/01. O processo de reflexão está baseado na entrevista realizada com Zygmunt Bauman a qual está publicada na revista Cadernos de Pesquisa, v. 39, n° 137, p. 661-684, maio/ago, 2009.
A prática docente tem intrigado a muitos pesquisadores, sejam eles pedagogos, filósofos, sociólogos, psicólogos, entre outros. A contribuição de Bauman para o exercício da docência passa por algumas reflexões, dentre elas a da não existência de um tipo de conhecimento único e imutável e a das constantes mudanças impetradas na sociedade que tal autor denomina como modernidade líquida.
“No mundo mutável da modernidade líquida, onde dificilmente as figuras conseguem manter a sua forma por tempo suficiente para dar confiança e solidificar-se de modo a oferecer garantia a longo prazo (...), caminhar é melhor do que ficar sentado, correr é melhor que caminhar e surfar é melhor que correr. As vantagens do surf estão na rapidez e vivacidade do surfista; por outro lado, o surfista não deve ser exigente ao escolher as marés e deve estar sempre pronto a deixar de lado suas habituais preferências”. (p. 664).
O autor traz que, atualmente, a importância da relação seja esta com o conhecimento, seja com as pessoas, está calcada na rapidez e fluidez do contato. As questões que interpelam as relações são, então, percebidas e trabalhadas a partir do indivíduo, longe de processos de corresponsabilização, pois em nome das idiossincrasias temos nos constituído, a partir de uma perspectiva individualista. Respeitar as singulares tornou-se condição primeira para criarmos uma sociedade na qual buscamos “soluções privadas para problemas derivados da sociedade e não soluções derivadas da sociedade para problemas privados”. (p.665). Ressalto que respeito o que seja próprio de cada sujeito, mas não há como ignorar o Outro existente em mim e o Outro na relação comigo que me faz existir. É preciso reconhecer e resgatar o que há de nós cada indivíduo. Acredito que isto é perceber sua própria história, e nisto passa a fazer sentido a deuteroaprendizagem da qual Bauman se refere.
Portanto, o autor, ao usar a construção coletiva no processo de ensino-aprendizagem e o cuidado do professor em não “imputar aos estudantes a responsabilidade de determinar a trajetória” (p.670) de tal processo, contribui com a construção de um novo paradigma do que seja um sujeito competente: “trata-se de não adaptar as capacidades humanas ao ritmo desenfreado das mudanças do mundo, e sobretudo de tornar o mundo, em contínua e rápida mudança, mais hospitaleiro para humanidade”. (p. 680). Neste sentido, acredito que a ideias de Bauman contribuam para como tenho refletido acerca da minha formação docente, bem como de que maneira conduzirei o exercício da profissão.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Uso da Tecnologia e a Formação do Professor




Este vídeo é uma proposta de trabalho a partir do texto cuja obra e autoria estão citadas!!!

A grande questão é pensar acerca do conflito entre os paradigmas que norteiam a Cybercultura e a Sociedade na Era da Tecnologia e a formação docente.

sábado, 27 de abril de 2013

Reflexão sobre o vídeo: Seis Graus de Separação

É incrível a capacidade de quem criou este vídeo de mostrar o quanto o trabalho em rede é importante, bem como o quanto nossas ações e escolhas trarão impactos em nosso futuro. Pensar, portanto, acerca desses dois pontos e suas implicações para prática docente é de suma importância.

O professor tem o espaço da sala de aula como seu, é neste local que pode desenvolver seu planejamento, lugar também de exercer seu poder. E penso poder como exercício de autoridade, não de autoritarismo, tal qual se compararmos a relação dos pais com os filhos, ou mesmo de um gestor com seu funcionário. A nossa ação docente, se assim o fizermos de maneira democrática e contextualizada, contribuirá com a formação de cidadãos que se sentem corresponsáveis pelo seu processo de aprendizagem e não meros receptores passivos.

Sem dúvida, tratar os estudantes como partícipes do processo de ensino-aprendizagem promove o acesso desses a um novo status social e obriga a nós, educadores, aprendermos a exercer a docência sem o autoritarismo, sem Vigiar e Punir, como exemplifica Foucault. Nos exige escuta e diálogo, nos incentiva e promove um trabalho coletivo, o qual pode também extrapolar os muros da escola. Nada diferente do que as próprias leis que regem a educação determinam acerca, por exemplo, da eleição do Conselho escolar, ou do PPP que deve ser construído com toda comunidade escolar, etc.